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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Torrões de barro...

      Agradeço todas as pedras que estavam e que ainda podem surgir no meu caminho, algumas me fizeram tropeçar e muitas vezes me feriram profundamente.
      Outras apenas estavam lá, esperando que eu passasse por elas, almejando minha queda e não contavam que eu fosse mais perspicazes que elas, e me desviei procurando outro caminho.
      Outras também estavam lá, mas são aquelas que não valem a pena serem mencionadas, mas que também agradeço, apesar de pequeninas e inferiores causaram algum dano, mas hoje pra mim foram apenas pedrinhas.
      Há, agradeço às pedras gigantes, de caráter duvidoso que muitas vezes num árduo e vão esforço tentou se passar por flores, mas eram medíocres e ignorantes o suficiente pra acreditarem em seus próprios disfarces...
      Ás pedras invejosas, que desejam ter asas como os pássaros, dessas dou risada pois desconhecem o senso do ridículo.
      Ás pedras maldosas que entram em nossas vidas sorrateiramente, pra de certa forma causar um incomodo tomando nosso precioso tempo.
      Ás pedras preciosas de falso valor, que aparentemente brilham mais que outras mas que na verdade só servem pra adornar seres tão enfadonhos quanto elas, são apenas objeto de consolo para fúteis.
      Ás pedras formadas de torrões de barro, que se consideram humildes e bondosas por enfatizarem que nenhum mal podem provocar, mas que desesperadamente se tornam vorazes e nas tempestades se fazem enxurradas que levam tudo, levam vidas, sonhos e até mesmo as outras pedras, até mesmo essas eu agradeço embora eu tenha muita pena, pois todos os dias desejam a chuva, e mal sabem que a mais triste das tempestades vem dos seus olhos, por desejarem ser tão gloriosas e percebidas, e que lamentam a realidade de que são e sempre serão apenas torrões de barro.

By Flor...